CARTA A MARGARITA
Perdão Margarita, faz tempo que não te escrevo
e não sei sequer se esta pode ser resposta,
recordei de repente enquanto fazia a sesta
-vão já muitos anos- que não converso contigo.
Já muitos anos de meu voluntário desterro
buscando que minha solidão me leve a mim mesmo
e caminhando só, ao sair do paroxismo
aladas mariposas me dêem paz em meu fim.
Que te direi agora?
Que ainda me cega o brilho de tua carta,
Em que me confias futuras decisões,
Que sentes saudades de paz, sonho de milhões
E desejas que todo mundo a comparta.
Te agradeço também sinceramente
Teu presente de excelentes instruções,
de sorver de outros poetas a luz de suas canções
e essa raiz seja refletida em minha própria fronte.
Eu sei que minha prosa nunca foi florida
e que imerecidamente eu me digo poeta,
minha vida louca tem sido sempre de roleta
mas aí verás tu, a história de minha vida.
Hoje ao encontrar tua poesia visual, oh, sorte!
que havia ficado dentro de um monte de história
num vulcão de tempo que saquei de minha memória,
de anos passados -uma piscada-... quando a morte.
Vejo como tua honesta curiosidade se desata:
que passou? Me perguntas não com indiferença.
Te responderei com justiça e consciência
mas somente, como o faz um poeta.
Enlaçando verbos e uma a uma cada sílaba
abrindo os olhos à vida obsidiana,
enebriando cada emoção primeira
e plasmando a agonia que da pluma brotava.
I "Muerte
Un día tranquilo y tras la faena,
camino solitario y satisfecho,
voy rumbo al hogar pues honor he hecho
a mi himno... fuera de mística pena.
Entrada la noche y de la sombra,
un rayo de luz veo, y con el batallo,
a su trueno duermo en mortal desmayo
y al rodar -la banqueta- fue mi alfombra.
Me sumerjo en desgarrador instante
oyendo liras entre efluvia brisa
y una transparencia veo delante.
Se fue borrando, apagando mi riza,
ya sin plegarias, me abrazó la muerte,
aspiró profundo ... y se fue indecisa.
II Vida
¡Un disparo en el corazón! - ya es mío-
dice la muerte ... y vio que le cubrían
lo velaron, sollozaron, no dormían.
Pero no dejaron solo al cuerpo frío.
Los cuatro cirios no encendieron su luz
cuando el rígido cuerpo recibieron;
"ya falleció" dicen quienes le vieron,
que con ojos fijos, miraba la cruz.
Diecisiete días en capilla ardiente
y ¡vi de nuevo! la risa de los míos,
¿Si creo en los milagros?, no pregunte.
Con la calma imprecisa de los ríos,
ligera, leve, voluble, se siente
cómo a la vida, vuelvo, de mis desvíos.
Mas já está bem! Sinto, nesta noite de festa
algo que ainda não disse e que quero dizer,
em minhas mãos descansa o livro que acabo de abrir
e me permite conhecer a alma peruana.
Quem disse, que a alma do poeta não se compreende:
mentiu! Eu a outros poetas uma saudação envio,
não te rias, Margarita, isto não é desvario
que a Ruiz de Castilla e Dania Blanes se estende.
Não oculto meu desejo de conhecer seus versos
E que de alegria encham meu repousado existir,
Lhes escrevo para que me possam sentir
E em este intercambio conheçam meus passos.
Não nasce a ave -com plumas- para poder voar?
Será acaso justiça e razão negar a liberdade?
Agora é comum que morra o que diz a verdade ¡
Não é necesario para o sacrificio um altar? .
< --encerra com o poema Poetas peruanos. -->
"POETAS PERUANOS"
José Santos Chocano, nació En la Aldea
con Oro de Indias y Sangre Americana
con café y tabaco y la caña peruana;
su Nostalgia canta al sol en donde sea.
Felipe Sassone, se recuerda y canta
su pena, en La Aventura que no fue,
la vida-dice- combatiendo pasé
y el morir batallando, ya no le espanta.
Cesar Vallejo, no sucumbe. Lo niego;
iluminó Paris un jueves de Otoño
cono Los heraldos negros, dijo Diego.
José María Eguren, Mágico Sueño
va con La niña de la lámpara azul,
Simbólicas, sombras, garúa de armiño.
Rafael Mérida Cruz-Lascano
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